Nós, a Terra, a totalidade dos seres humanos, estamos, a partir de agora, à mercê de uma economia que se impõe como a fatalidade do nosso tempo.
Empenhada em conceder os desejos e em satisfazer os pedidos dos detentores do poder de compra, esta economia suscita, no mesmo movimento, opulência, riquezas, frustrações e miséria; aumenta o desemprego e a mendicidade, enriquece os corruptos, arruína e marginaliza os trabalhadores. Divide para reinar! As suas prioridades são diferentes das que a ética designa: as suas finalidades ignoram as do Humanismo.
Podemos dizer que tem apenas consideração pelo dinheiro. Só lhes interessa o lucro financeiro (doa a quem doer), pondo de lado o respeito e a estima pelas pessoas.
Em entrevista à TVI, na noite de segunda-feira, D. Januário Torgal – Bispo das Forças Armadas – considerou que (e passo a citar): “este governo é profundamente corrupto (…) e os seus membros (alguns) são equívocos, porque lutam pelos seus interesses, porque têm o seu gangue, porque têm o seu clube e porque pressionam a comunicação social”.
Em resposta a estas declarações, o Sr. Ministro da Defesa, acusou o Sr. Bispo de estar a…(passo a citar) “causar embaraço à Igreja”, desafiando-o, simultaneamente, a “escolher entre ser Bispo das Forças Armadas e ser comentador político”.
Não Senhor Ministro da Defesa! “Um Bispo não tem que escolher entre a sua função de membro da Igreja ou de comentador político”. Um Bispo, “tem de falar de tudo, é sua obrigação interceder pelos mais frágeis” (pelos mais pobres)! Realmente, se isso é ser “comentador político”, então o Sr. Bispo, é um verdadeiro Humanista Pontífice.
Jesus Cristo, o Mestre dos Mestres, entendia as limitações humanas, sabia que era difícil o homem administrar as suas emoções, principalmente nos focos de tensão (pobreza, injustiça, miséria e fome). Sabia que facilmente perdemos a paciência quando “stressados” (nervosos), que nos irritamos por pequenas coisas e ferimos, por vezes, as pessoas. Para Ele, o mal é o que sai de dentro do ser humano e não o que está fora dele. Cumpre ao homem, actuar primeiro no seu mundo intelectual, para depois, aprender a ser um bom líder no mundo social.
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